terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Saiba interpretar os ensinamentos de Deus

[Por Diego Bruno de Souza Pires
Servo do Senhor Jesus Cristo].




Hoje, sábado dia 28 de novembro de 2009, ao escrever este texto, fui acometido de uma febre violenta sobre o meu corpo. Pensei que iria morrer... Meu corpo sentia muito frio, comecei a tremer de tal forma que as minhas pernas e braços não se seguravam em inércia. Não consegui levantar da cama para chamar qualquer pessoa. Tive que utilizar o telefone celular para me contactar com um dos meus familiares. A febre não durou muito, mas tempo suficiente para que eu pudesse ficar fragilizado. Hoje, foi testada a minha força e minha fé... Frente ao episódio, compreendi que seria necessário mudar o foco do meu texto, sentir que Deus estava a falar comigo, sendo a febre uma maneira de que eu pudesse compreendê-lo... Contabilizando todos os acontecimentos e sensações que sentir, deu para compreender que escrever a palavra de Deus não é algo tão simples, deve-se estar preparado para aprender os seus ensinamentos na própria pele. Nesta freqüência, lembrei-me de alguns acontecimentos da minha vida que quero compartilhar....
Quando eu tinha uns 7 anos de idade, meus pais me deram uma bicicleta, que, por sinal, era uma das mais lindas que havia no mercado. Ainda lembro-me da sua cor e marca. Era uma BMX, de cor azul. Por meses e meses esperei meus pais me presentearem com aquela maravilhosa peça. Embora tivesse custado muito a chegar, recebi a “melhor bicicleta do mundo”.
Todos os dias eu queria brincar, mas os deveres não permitiam. Eu tinha que cumprir as minhas obrigações para tão logo brincar com aquela “máquina”. Nas minhas aventuras, havia quedas, arranhões, hematomas, gritos, lágrimas, mas também, em oposição, havia sorriso em meu rosto, por saber que eu estava aprendendo a me equilibrar num veículo de duas rodas. Acreditem! Para uma criança isso é emocionante.
Todas as vezes que eu caía, levantava mais forte, mais entusiasmado, mais valente, mais preparado para as sucessivas “quedas” que estavam por vir. Aos 17 anos, depois de me senti um “profissional”, um “expert” em manobras e velocidades de “bike”, tomei uma queda tão violenta que passei vários dias sentindo dores em todo o meu corpo. Embora eu fosse um bom piloto, deveria ser humilde e aprender mais um pouco...
Então, logo após o incidente, compreendi que os fatos surgem para que questionamentos sejam fabricados. As minhas quedas quando criança, por exemplo, fez com que eu aprendesse a pilotar uma bicicleta, mas não me qualificou o suficiente ao ponto de que fosse possível me precaver de futuros obstáculos mais elevados. A falta de humildade fez de mim alguém imponente, descuidado e desligado da razão.
Irmãos, Deus dá ao homem razão e conhecimento para se precaver dos obstáculos da vida... Sempre estamos em constantes batalhas, desafios, superações com nós mesmos: dominando os nossos medos, nossas tristezas, nossos rancores, nossas fragilidades... Embora, como não só existem batalhas internas, temos que desafiar os nossos inimigos externos, presentes. Quando vencemos os nossos inimigos externos e ocultos, nós nos tornamos vencedores aos olhos de Deus, e ele com a sua alegria, nos dá a benção, pois sabe que além de vencedores, somos fortes para suportar qualquer desafio, qualquer batalha, qualquer guerra...
A história bíblica de Jacó é um dos maiores ensinamentos que Deus deixou ao homem. Jacó, antes de enfrentar o seu irmão Esaú, buscou ajuda divina... Deus, determinando vitória para a vida de Jacó, seu servo, o envia dificuldades. Querendo, Deus, pois, testar a sua força, manda um anjo para lutar com ele. Jacó, um homem que temia a Deus, que acreditava em todas as suas promessas, luta com o anjo a noite toda, até surgir a aurora, e mesmo contundido, deslocada a sua coxa, não se rendeu e nem deixou ser vencido, por acreditar que Deus era o seu escudo, a sua rocha, a sua força e fortaleza. Próximo do amanhecer o dia, disse o anjo: “Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares” (Gênese 32: 26) E disse, pois, o anjo: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutastes com Deus e com os homens, e prevaleceste”. (Gênese 32: 28). Pois é, na maior das nossas dificuldades, Deus testa a nossa força criando desafios, querendo que sejamos fortes, valentes e vencedores...
Por isso, lembrem-se, irmãos, que temos dez dedos nas mãos, e que todos têm a sua função, o seu mérito próprio. Não existe um mais importante. Embora estejam num mesmo patamar, exercendo o mesmo papel, versam em singularidades próprias. Cada um deles, seja o maior ou o menor, estão preparados para nos ajudar a vencer todos os nossos obstáculos.
Quando estamos acamados, doentes, desprezados, humilhados, na casa da amargura, Deus está conosco, nos ensinando a sermos fortes, valentes, corajosos e honrados na força da fé. Os ensinamentos de Deus, portanto, assemelham-se as “quedas” que foram necessárias eu levar ao longo da minha vida. Todos os ensinamentos divinos são calcados no alicerce do bom senso, da compreensão, da obediência e da humildade. A força está na simplicidade das nossas atitudes, na emoção e na compreensão de entregarmos as nossas vidas sempre a Deus, sem medo de lutar com aqueles que tentam nos derrotar. Quando tememos a Deus, temos a força de um exército a guerrear junto a nós, por isso, nunca se esqueçam: Deus ajuda-nos a guerrear!
Aprendi que por trás de um sofrimento físico há sempre uma vitória a nos esperar. Quando acreditamos que existe um Deus que se preocupa conosco, e que tem promessas maravilhosas para as nossas vidas, somos levados a crer na mão invisível de um Deus que é tão poderoso.
Meu irmão, bem mais jovem do que eu, certa feita me ensinou algo de uma profundidade tão salutar, que me fez pensar por vários dias. Disse ele: “Aprenda uma coisa: quando ao caminhar, caso encontre uma pedra pequena, chute-a, mas caso encontre uma grande, sente-se e descanse, para que seja possível planejar qual a melhor forma de removê-la”. Não há obstáculo que com a maturidade, a calma e a humildade não possa resolver. Não é qualquer calma, nem qualquer maturidade, nem qualquer humildade, mas é a calma, maturidade e humildade de um ser que segue a um Deus poderoso e que nos ajuda a guerrear...
E assim, como certa vez aprendi, lendo a lição da borboleta: “ eu pedi força... e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver. Eu pedi prosperidade... e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar. Eu pedi coragem... e Deus me deu perigos para superar. Eu pedi amor... e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar. Eu pedi favores... e Deus me deu oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi... mas eu recebi tudo de que precisava.”

Tenham fé nesse Deus que é tão poderoso, e nunca deixe de interpretar os seus ensinamentos. Vencer com força, fé, coragem nesse Deus que olha por nós!!!

Viva na fé!!!

ORAÇÃO

Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes, e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus! Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade;

Se me deres a força, não me tires a sensatez;

Se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória quando bem sucedido e nem desesperado quando sentir insucesso.

Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus! Faz-me sentir que o perdão é maior índice da força, e que a vingança é prova de fraqueza. Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança.

Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente Senhor, te rogo, nunca Te esqueças de mim! Ainda que um dia o meu juízo possa se afastar de mim, não esqueça-me.